sábado, 31 de maio de 2014

Havia um barco
(ou um poema)
em cada Primavera
que inventávamos.

O sol inundava
os lábios
de cada sorriso
acordando
as crianças
que habitavam em nós
e uma flauta de vento
pendurou cerejas
nos dedos da manhã.

Lindas as cores
suculentos os frutos
dos corpos e das bocas.

Fernando Fitas - Do livro Silêncio Vigiado, 1992.

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