terça-feira, 8 de outubro de 2013

Biografia sucinta

Fernando Fitas nasceu numa vila alentejana, corria o ano de 1957. No início dos anos sessenta, seus pais decidem rumar até Lisboa, em busca de uma vida melhor, situação que o levou a fixar residência, no Concelho de Almada. Em 1975 inicia-se na actividade jornalística, colaborando nas páginas de «O Século». Após o encerramento deste matutino assume as funções de colaborador da Agência Polaca de Imprensa razão pela qual alarga a sua colaboração a vários jornais, designadamente, aos semanários «A Forja»,Torres Novas; «Opinião», Porto; «Paúl Democrático», Covilhã; «Voz da Trofa», Trofa, «Nova Vida», Setúbal, «Oeste Democrático», Torres Vedras, «Jornal de Almada», Almada e «Notícias do Sul», Évora, este último, dirigido pelo escritor e poeta eborense, Antunes da Silva. Com o aparecimento das rádios locais, ocorrido nos anos oitenta, é solicitado a colaborar numa das Emissoras do Concelho do Seixal, estação onde teve, ao longo de vários anos, a responsabilidade pela emissão de diversos programas de âmbito cultural. Em 1978, edita «Canto Amargo, o seu primeiro livro de poemas, actividade que prossegue oito anos mais tarde com a publicação de «Amor Maltês», a que se seguiu, «Silêncio Vigiado» em 1992. Divulgador da poesia, foi membro da Cooperativa Cultural Era Nova, na qual pontificavam, José Afonso, Vitorino, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira, o poeta José Fanha e o actor Mário Viegas, na companhia dos quais, percorreu quase todo o país, dizendo poemas de sua autoria. É ainda autor da letra de diversas canções interpretadas, entre outros, por Luísa Basto e Chiquita. Autodidata por vocação, a sua expressão escrita, no entanto, não se limita, à poesia. Estende-se igualmente à ficção e à narrativa. Exemplo disso, é a novela «Cantos de Baixo», editada em 1989, na qual se socorre das memórias de infância fundadas no imaginário da sua vila natal, para retractar a saga dos ganhões e ceifeiros, feitos contrabandistas de café sempre que o trabalho faltava. Em 1991 funda e dirige o quinzenário «Outra Banda», projecto jornalístico alicerçado no acolhimento das várias correntes de opinião existentes na Península de Setúbal, no qual permaneceu até Maio de 1997, ano em que dá à estampa «Mar da Palha», volume onde colige uma série de crónicas e reportagens efectuadas no quadro de tais funções. Neste mesmo ano é convidado a integrar a equipa de colaboradores que estiveram na fundação do matutino «24 horas», colaborando posteriormente no semanário «Tal & Qual» Entre 2005 e 2011.chefiou a redacção do semanário Notícias de Almada. De Janeiro de 2000 a Dezembro de 2002 desempenhou as funções de director editorial da Revista Cultural Alma Alentejana. Vence o Concurso de Poesia Cidade de Moura em 2000 e no ano seguinte com o livro “ A Casa dos Afectos”, conquista, o Prémio Literário Raul de Carvalho, instituído pela Câmara de Alvito, terra natal daquele poeta alentejano, cantado por Adriano Correia de Oliveira. Realizou para a Câmara Municipal do Seixal, um projecto no domínio da recolha e preservação de memórias e vivências de pessoas ligadas às colectividades mais antigas deste concelho, denominado «Histórias Associativas – Memórias da Nossa Memória», trabalho que se traduzirá na edição de três volumes, o primeiro dos quais, dedicada à filarmónicas, editado por aquela autarquia em Abril de 2001 e em 2003. sagra-se vencedor do Prémio de Poesia e Ficção de Almada, com a obra “O Ressoar da Águas”. Figura na Antologia Poetas Alentejanos do Século XX, organizada por Francisco Dias Costa e na antologia «Literatura Actual de Almada», organizada por Fernando Miguel Bernardes e, mais recentemente, na colectânea «Na Liberdade» antologia poética evocativa dos 30 anos do 25 de Abril de 1974, coordenada por Jorge Velhote, Nicolau Saial e Nuno Rebocho. Em 2008 publicou O Saciar das Aves, obra poética com capa e ilustrações do Mestre Louro Artur e que assinala os seus trinta anos de actividade poética e em 2012 editou Alma d’Escrita, volume no qual reúne um conjunto de reportagens publicadas nos últimos seis anos, com o objectivo de evitar a efémera temporalidade que caracteriza este tipo de texto, dotando-o, assim, de alguma utilidade em matéria de memória futura, coligindo trabalhos que se prendem a com preservação e defesa do património histórico, tradições, memórias ou símbolos da identidade local, mas, também, sobre alguns dos assuntos ou temas sociais que marcaram a vida das populações das diversas freguesias. Entre Março de 2006 e Junho de 2011, chefiou a redacção do semanário Noticias de Almada.