Sofia entre
o lajedo
Quiseram
matar-te uma segunda vez;
soterraram-te
os ossos entre as pedras
para que a livre geografia
das palavras
definitivamente
se apagasse
e não
pudesses voltar a ser do mar
a menina que
houvera proclamado
Navegações e Ilhas
na comunhão das águas.
Presumiram
talvez que sob a pompa
com que te
encarceraram no lajedo
oculto
ficaria o eco do teu canto.
Não te
souberem ler estes que hoje
pretendem
apagar a tua voz
fuzilando-te,
assim, cobardemente
como os que
foram fuzilados em vigilas sem data.
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