A Silvestre
Fonseca
Deixa a sombra da(s) rosa(s)
exalar seu perfume
e a praça respirar a
fragrância do sol.
Abraça-te à guitarra e
saberás que a brisa
convocará nas mãos a festa
dos sentidos
e presságios de vida como
água de sedes
correndo pela boca.
É na escala de Sol que as
notas se desnudam,
revelando nos dedos a
frescura da peça
e sonhos e alquimias que as
palavras não ousam.
Acaricia o braço, afago bem
o corpo,
percorre-o devagar, como
regato à beira do fascínio.
Na leveza do toque há um
pássaro e um rio
e uma cascata ainda de espanto
e aventura,
erguendo sortilégios,
encanto, fantasia.
Faz então uma pausa, investe
novamente,
e deixa que bebamos a dádiva
de sons
que do silêncio emergem,
para que desfrutemos de seu
aroma e luz.
Fernando
Fitas/Fevº/2017
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