A Ernán López Nussa
Sei-te
sobre o piano
libertando
alquimias
e
dádivas de luz e cânticos de festa.
Há
nos teus dedos uma memória de água
plena
e imortal
e
montanhas tão grandes que nenhum bolso guarda.
Também nenhuma
boca sabe acolher a água
que
delas se desprende,
tão
cheia de sabores, de sonhos e de festa.
É
por isso que te inventas nos dedos,
correndo
sobre as teclas
como
brisa soprada por aves e por rios
e
despertas aromas e sortilégios outros,
que
nos crescem na alma
e supomos efémeros,
mas
se afirmam eternos
como
o vento ou o sol.
Fernando Fitas (Portugal)
Belo poema Fernando. Há uma melodia subtil que dança como brisa por dentro destes versos e avança saltando de palavra em palavra, como dedos sábios sobre as teclas de um piano numa eterna dança de luz e sedução. Parabéns.
ResponderEliminarBoa tarde. Fico contente por saber que gostou. Afinal, a poesia é algo para todos usufruirem. Abraço
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