Soubemo-nos
em Maio
Soubemo-nos em Maio,
porque o perfume das tílias do quintal
dizia mais de nós que todas as palavras,
e bastaria um fio para que o rio descesse, inelidível,
as grandes avenidas por onde
caminhámos,
vestindo de azul e de
miragens
a margem deslumbrada da
manhã,
como se um salitre de vento, escorrendo pelos dedos,
de convocar para nós a utopia,
com que se move a força das marés.
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